As
pessoas...
O
chão...
As
paredes...
A
luz...
Criação.
A
cama imaginária, palpável, confortável...
Aconchega
e assim nasce o movimento, dentro, fora.
Lentamente
rastejam os desejos e as rugas não anulam o processo, somente intensifica-os
amores.
Ainda
que passem anos, tudo irá se transformar numa singela lealdade, pois o viver é
intenso, profundo.
Agora
encostado no canto da parede, a cama suporta todo peso da criação.
O
lençol que cobre minha nudez equilibra minha queda.
Escorrego-me
neste jogo, e nu, sinto a liberdade de expressão.
Seus
olhos direcionam-me onde poderei ir.
No
canto, os cantos da sereia que agora já mãe, compõe nossas canções, assim nos
vãos, é que vamos existir.
Meu
corpo se transforma em bicho que rasteja através do instinto de chegar a algum
lugar que não sei ainda onde será...
E
o que será que será, nasce da gente pra gente ser, transforma tudo numa simples
mágica, onde podemos ser o nosso querer, sem sofrência, solidão, com a
liberdade para criar, existir.
27|03|2017 - 03h00min - Wesley Claudino.
Gratidão.