Há quando me lembro
de nos a desatar e nós a e rir na vida...
Dá tanto medo de
tanta orgia... Que havia... No meio dela.
Era tanta coisa que
só a gente entendia... E via.
Quando a gente varria
a casa e mal tirava a poeira, já se encostava.
Deixava a sujeira num
canto e ia dançar no meio da sala.
A gente chorava e se
achava... E juntos se defendia.
Tanta bagunça tanto
medo, tanto se esconde e esconde, mas tanta calma... Tanta alma.
A inveja e irá dos
outros a gente via.
Finca arma no chão, armas entocam na mente de
quem mente pra si.
Coloca faca no toco e
deixa de lado os problemas dos outros... Pois, são rugas na alma que não dá pra fingi.
Fuma um e relaxar, olhávamos
estrelas escutando o barulho do mar, e o infinito que nunca chegava.
Amor da vida.
Sem arma no coração.
Nada incomodava.
Andava pelado, pois
pelados estávamos... Pra tudo.
Era tanta bagunça sem nenhum medo de ser
feliz.
Pois, a gente só queria
sorrir pra vida, a quanta saudades de tanta zoeira...
Do teu aconchego,
dormir nus de conchinha.
Cozer comida quem
ninguém fazia igual.
Andar sob as estrelas
pisando na areia.
No varrer a casa... Loucos
de amor a dançar colados... com dois passos pra cá e dois pra lá.
Mesmo com as latas já vazias da ceva gelada, e
se Brahma não havia podia ser até Bavária.
Pois quente era
também o nosso amor.
E assim a gente ia.
Jogando os problemas
pros lados e pra trás, dando sentido a nossa vinda.
Sendo que tínhamos a certeza que logo à frente
a gente iria dar uma solução, porque a sorte nos sorria.
Assim era o nosso amor.
Mas em volta era tanto sufoco, tanto mormaço de sol e
maltrato de gente que não comia e nem dormia tranquilo ao ver tanto amor.
Só que ninguém contava... que nem eu e nem meu Papa
se extinguiria.
Assim a gente ia
brincando ao meio de uns dias.
Também juntos de tanta
sujeira, porém com poesia.
Com tanto sorriso, gargalhadas
a gente se ouvia e se entendia.
Sem hora marcada e
sem hipocrisia.
Há era tanta rueira, tanta bagunça e ao meio
disso tudo a gente se lambuzava e se amava.
Tanta leveza dentro da alma em ser alguém
que sempre ria e ia sem armas pra luta.
E hoje, e agora... Como
será que tá tudo no mundo que passa e não mais escuta tanto alarido, os que ouviam e não ouvem mais.
Só desejo que saibam que haverá um dia...
Aonde tudo vai se
arrumar e o vento levar a saudade pra longe de nossas vidas.
E assim, a gente vai
voltar a bailar ao meio da sala do universo... porém não mais desarrumado em nossa existência ,sem véu e sem medo.
Pois o tempo leva as
brumas e trás de volta o que é amor de verdade...
Pra sempre.
Wesley Claudino
(PESCADOR)
17|08|2016