quarta-feira, 17 de agosto de 2016

SAUDADE VERDADEIRA


Há quando me lembro de nos a desatar e nós a e rir na vida...
Dá tanto medo de tanta orgia...  Que havia...  No meio dela.
Era tanta coisa que só a gente entendia... E via.
Quando a gente varria a casa e mal tirava a poeira, já se encostava.
Deixava a sujeira num canto e ia dançar no meio da sala.
A gente chorava e se achava... E juntos se defendia.
Tanta bagunça tanto medo, tanto se esconde e esconde, mas tanta calma... Tanta alma.
A inveja e irá dos outros a gente via.
Finca arma no chão, armas entocam na mente de quem mente pra si.
Coloca faca no toco e deixa de lado os problemas dos outros... Pois, são rugas na alma que não dá pra fingi.
Fuma um e relaxar, olhávamos estrelas escutando o barulho do mar, e o infinito que nunca chegava.
Amor da vida.
Sem arma no coração.
Nada incomodava.
Andava pelado, pois pelados estávamos...  Pra tudo.
Era tanta bagunça sem nenhum medo de ser feliz.
Pois, a gente só queria sorrir pra vida, a quanta saudades de tanta zoeira...
Do teu aconchego, dormir nus de conchinha.
Cozer comida quem ninguém fazia igual.
Andar sob as estrelas pisando na areia.
No varrer a casa... Loucos de amor a dançar colados... com dois passos pra cá e dois pra lá.
Mesmo com as latas já vazias da ceva gelada, e se Brahma não havia podia ser até Bavária.
Pois quente era também o nosso amor.
E assim a gente ia.
Jogando os problemas pros lados e pra trás, dando sentido a nossa vinda.
Sendo que tínhamos a certeza que logo à frente a gente iria dar uma solução, porque a sorte nos sorria.
Assim era o nosso amor.
Mas em volta era tanto sufoco, tanto mormaço de sol e maltrato de gente que não comia e nem dormia tranquilo ao ver tanto amor.
Só que ninguém contava... que nem eu e nem meu Papa se extinguiria.
Assim a gente ia brincando ao meio de uns dias.
Também juntos de tanta sujeira, porém com poesia.
Com tanto sorriso, gargalhadas a gente se ouvia e se entendia.
Sem hora marcada e sem hipocrisia.
Há era tanta rueira, tanta bagunça e ao meio disso tudo a gente se lambuzava e se amava.
Tanta leveza dentro da alma em ser alguém que sempre ria e ia sem armas pra luta.
E hoje, e agora... Como será que tá tudo no mundo que passa e não mais escuta tanto alarido, os que ouviam e não ouvem mais.
Só desejo que saibam que haverá um dia...
Aonde tudo vai se arrumar e o vento levar a saudade pra longe de nossas vidas.
E assim, a gente vai voltar a bailar ao meio da sala do universo... porém não mais desarrumado em nossa existência ,sem véu e sem medo.
Pois o tempo leva as brumas e trás de volta o que é amor de verdade...
Pra sempre.
                   Wesley Claudino (PESCADOR) 
                                   17|08|2016

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