segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

O Tempo

                                                             O Tempo

O desenho é simétrico,
e a vontade recíproca.
A copa da arvore balança ao som do vento que passa todos dias.
O desejo aparece com encontros,
e a coragem inesperadas.
O tempo que suaviza a pele é o mesmo que move os ponteiros do relógio,
que hoje está parado.
A música mexe os pensamentos que fogem aos prazeres.
E a namorada que se foi, surge como uma bela lembrança.
Nasce uma vontade a cada libertação de ser amor.
Amores que não que se prendem, ou descobrem e sentem.
A cria nasce como num leve desejo...
E quando caí uma folha da árvore, o inesperado surti o maior efeito.
Pois, dentro da gente o \mor brota com as certezas de que a cada dia somos donos de si.
Então,  a coragem poderá nos levar a amar e sermos amados.
Nisso, hoje quero e desejo viver todo meu tempo.

Agora um pescador pensador!...










sábado, 18 de novembro de 2017

Luz de Si I

              Luz de Si I
Destrutível esconder os sentimentos.
Esta talvez a razão de todo ser composto!
Pela inocência em ser dono de sentidos.
Que compreendem a emoção de ser unicamente...
Exclusivo!
Tolo engano da vida.
Pois, a soberba nos afastam da realidade.
Onde provavelmente os suspiros, viram lágrimas.
Imortais nossos desejos que brotam e lacrimejam!
Sofremos até a morte.
Talvez, um dia a gente sinta-se feliz no cotidiano.
Também deixar dessa busca e contentar com cada porção de luz que nos cabe!
Sem que precise, ter toda luz só para si.


Wesley Claudino

Puro Desejo

Puro Desejo
Meus canais estão abertos pro que der e vier.
Não sei ainda qual o sentido de tudo.
Só sei que quero viver.
Tenho o medo de um dia chegar à conclusão de que não soube viver! E perdi a chance da vida.
Os homens soberbos reinam em seus mundos de libertinagem.
Porque não conhecem o cheiro da terra molhada nos campos e das florestas que os rodeiam.
Às vezes sinto enorme inspiração, e aí me jogo.
Não posso ficar triste quando nada dá certo!
Às vezes o oposto me atrai, mas logo passa a vontade.
E só vem o difícil em meu querer.
Nas duas faces da roleta que nunca roletam para o lado que queremos.
Mas que nos enche de orgulho, ternura e por fim gratidão!
Porque somos feitos da pura água de recomeçar.
Assim, percebo que não preciso ter medo de nada.
Somente tenho que amar.
Como se tudo fosse o começo e o fim.

Wesley Claudino

Cinelândia

Cinelândia

Pássaros!
Crianças!
Estátuas em monumentos.
Pessoas adúlteras dividem espaços iguais.
Pipocas e pombos pipocam!
Juntamente com caralhos e pombas expostas...
Nas ruinas de ser e viver.


Wesley Claudino

SOBER-vivência

              Sober-vivência
Corpo estirado em cruz.
Coberto por plástico preto.
Se reciclado, não importa.
Mas sim o clamor das mãos a suplicarem por socorro.
Doando-se a uma energia que nomeamos: Deus!
Noutras, armas a vigiar o cadáver.
Agora...
Já sem tédio, medo, ternura, angústias e dores.
Somente com o alivio de um ser livre de lamentos...
Que não mais lhe pertence, pois jaz.
Então, largada no chão, resta à imagem do pedido de perdão.
Pena que vários ainda que vivos...
Degradam-se nas infinitas calçadas da fama.
Por onde talvez, nada e também nem ninguém os velarão.


Wesley Claudino

Perpétua

   Perpétua

Primeiro...
Deus criou a luz.
Depois a terra.
Assim, que a luz começou clarear o solo...
Percebeu que ali faltava algo!
Então, com seu calor germinou vísceras.
Que se abriram a multiplicarem as coisas...
Em inúmeras formas de vida.
Transparecendo a perplexidade de observarmos os existires.
Comuns para ele, porém por vezes, ainda distante de nós.
Mas mesmo estando bem perto da gente!
Presentemente visível perpetuando nossas espécies por longas existências, jamais ousamos desperceber como nasce à cria de cada ser, onde por anos, décadas, centenas de anos luz que nos clareiam, nunca desistirmos.
Caminhos que provavelmente nos guiam a um Deus...
Perpétuo!


Wesley Claudino

Esgarça em Prosa


         Esgarça em Prosa

Pensamentos amanhecem.
Na dúvida vou a favor do tempo.
Nos pastos as seriemas em cantos encantam.
Produzem sinfonias em coros.
Atentas com sons preenchem todo espaço.
De pé a pé, distinguem os vultos que se escondem na mata.
Nestes lampejos antecipam os passos.
E como garças esgarçam seus ruídos no ar.
Desamanhassem no dia.
Neste clima, divago-me acontecer.
E sem cismas, cuido dos ecos ouvir.
Sabe-los ei me, sem receios.
Tal quais as seriemas que esgarçam em sons e tons.


Wesley Claudino

Olhar de Anjo III


                                Olhar de Anjo III

O nego que amo, tá lá no alto do morro...
Na luta de mais nada.
E eu...
Estou aqui, com seu filho!
Querendo saber onde ir...
E ou ficar comigo mesma.


Wesley Claudino

Olhar de Anjo II


            Olhar de Anjo II

Na época da escravidão...
As negras eram possuídas pelos senhores feudais.
Para que seus entes e elas próprias sobrevivessem...
Hoje...
Parece-me a mesma coisa!
Só que de maneiras diferentes.


Wesley Claudino 

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Mulher

                                     Mulher


Raiz no útero gaia.
Corpo em pele ligando o nu por um espaço de tempo.
Talvez juntas... algumas pessoas em volta a observar e aceitar.
Fazendo parte da cena somente a olhar ou ao sentir os aromas soltos no ar.
Desde o vento frio...
À fumaça do incenso!
Com os olhos espantados na expectativa de poder entender como tudo acontece.
As memórias veem a mente...
Nisso lembro-me dos cabelos vermelhos em movimento, trazendo fogo no ar.
E a pele nua ao meio da fria brisa, desperto curioso olhar... em saber sem receios até dos mínimos detalhes!
Poder ver os pelos em pele alva branca, parece macia aos olhos vidrados. Ali, naquele instante sentir a energia saindo dos ágeis dedos magros e a cada detalhe observo este corpo harmonioso com sua nudez.
A imagem fica na minha mente provocando nostálgica dinâmica! Levando-me a sensação de como se eu estivesse acorrentado no vácuo do espaço... Fazendo-me também sentir igual a um mamute congelado... Que somente observa tudo ao seu redor!
E cravada fica a imagem no cérebro, como um filme que reinicia a todo seu término.
Lembrando-me dos movimentos do corpo tremendo no ar.
De pé, com pés enraizados e a boca silvando em língua...
Há um chamado... Onde só depois de várias voltas no meu pensamento...
O olho se abre e permite-me ver o azul de toda energia reverberada no intimo espaço de cada um, provocando uma intersecção no tempo, no espaço, nisso destaca-se que: somos um, somente quando quisermos.


Wesley Claudino 














sábado, 30 de setembro de 2017

P que P com P e V (Poesia que Passou com Prosa e Verso)


Poesia que promova o perdão pelas putarias das putas de calcinha.

Do pó que procedem os putos pintões...

Procriem em nós presentes pelo menos um suspiro de prazer.

Pras putas que sobram nos poros que passam...

Gota o esperma, que em quem ojerizam, na prudencia que desapegam.

E mesmo que, pelejando entre pancadas e prazeres...

Os poemas precedem.

O Pescador 12|06|2009-30|09|2017

SOZINHO

Acordo, procuro ao meu redor e não encontro.
Triste não ter com quem falar!
Atento aos papéis pardos, enrugados ou brancos.
Na dor, na sujeira vou desabafar.
Sentindo-me, derrotado, destoado, desbotado.
Mesmo depois daquilo e se também que outro jeito de ser!
Vou vivendo no alívio de ser além do tempo.
E por entre este véu que se transforma no que há entre a chegada e a partida em singela súplica, mas feliz no adeus.
Nestes momentos que tomam parte da minha existência, mal entendo suas brincadeiras.
Algo parece inútil, por isso não se faz presente.
Ainda, este ser que quer tomar forma, persegue-me e instala-se dentro do meu eu.
Nisto, vou ziguezagueando com meus pirlimpimpins. 
E cedo, sendo...
Sedo ao encontro de Morfeu.

O Pescador - 02|08|2009


terça-feira, 8 de agosto de 2017

Nu andar

Nu andar
Suavemente por entre espaços.
Preenchendo natureza de homem, compondo seu trajeto.
De um a outro passo.
Na simplicidade, leveza e beleza de ver.
No balde ainda vazio, guarda o balanço do projeto.
Anda seguro nos passos, de mãos criança.
Sem pretensão de ser.
Na inocência, singelo amor transluz esperança.
Nua alma de dor, sendo somente luz...
Caminha.
08|08|2015 O Pescador

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Alçando voo!

A piedade é o sentimento que mais nos aproxima da misericórdia, pois é através desta que nos trabalharemos para nos desapegarmos das paixões do mundo terreno, que por na maioria das vezes nos arrastam para o fundo do pântano e ou dos oceanos do mar morto, onde na maior parte serão encontradas as fétidas águas!
Na maioria das vezes poderei estar sem nenhum tostão, mas estarei também livre dos grilhões do ouro, que me afundarão na terra, prendendo me as feras e aos répteis que poderão devorar meu espirito. Em vez de ficar preso as balanças que pesam os metais preciosos que irei guardar para os prazeres terrenos, prefiro ficar junto a humildade de seguir caminhos que permitirão voar acima das cabeças dos seres que com seus tentáculos procuram arrastar-me a juntos de suas paixões, assim voo livre por entre os tempos, e no ar encontro a brisa fresca da liberdade e encontro o brilho do amor que reluz mais que tudo na vida.
Enquanto as balanças sopesam pelas misérias e enganos com suas riquezas que de nada me servirão para uma ventura de glórias terrenas.
Nisso, podem me atirar projéteis, com isso voarei mais alto por sobre suas cabeças distanciando-me dos seus açoites, alçando as alturas,com isso distanciando-me mais ainda dos sofrimentos terrenos, pois de longe e do alto vejo as víboras que se enroscam umas nas outras sufocando suas próprias vitórias, prontas a dar o bote e sufocando as vidas umas das outras, ou fazendo-se cúmplices de tantas misérias da alma, quando sim também afastando-se dos seus verdadeiros deveres e direitos. Com isto não sinto-me feliz e nem acho-me melhor, apenas estou seguindo meu propósito, e será com esta abnegação que Deus irá me guiar ao encontro da paz de estar sendo quem nasci para sempre existir!


O Pescador

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Patriarcado

Patriarcado
No encontro durante o solstício solar para a confraternização dos que estão na plena ascensão em seus voos, poderá ser notada o silabar de suas vozes, e ainda ser ouvidas as melodias dos músicos e dos poetas ali presentes.
E também, por sua vez, apreciar o bailado dos corpos no espaço!
Senão quando puderem notar as trocas de afinidades, de ideias que se transmitem uns aos outros, apenas nos seus cílios e pensamentos.
Toda esta sepsia filial, é solicita no evento.
Mesmo quando saboreiam harmoniosamente o antepasto lhes servido.
Tudo isto, será encontrado no evento sibila!
Sendo esta então, uma afinidade milenar transmitida amorosamente.
Pescador 07\07\2016

sábado, 1 de julho de 2017

Quando algo conta!

E é quando me vejo só em meio ao meu vazio onde posso querer e tendo que ficar só, é que me perceberei desprotegido e carente de algo ou alguém.
Talvez alguma voz ou luz venha me fazer saber que eu não estou só.
Mas, estou desconfiando que no fundo estejamos todos únicos e momentaneamente separados uns dos outros.
Talvez também para reconhecer o vazio de mim mesmo, ou perceber a imensidão de alcançar o inevitável desabrochar, para então, daí poder alcançar o que vá ser melhor numa futura atualidade.
Nisso aconteço-me em um cânone de angústias e procuras que quase me levam a loucura.
E ainda de pensar que tudo, mas tudo não faz nenhum sentido, mas que lá no fundo da alma eu sei que uma voz me chama e proclama onde devo seguir, mesmo me achando em sofrimento para estar e ser isto que acredito existir.
E assim, vou acreditando que tudo conta e me torna eterno.
Alço voo.

Wesley Claudino - 02|07|2017

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Bela Pátria

Bela Pátria
Salve esta que queima nossos pés e aquece nossa alma.
Andemos ligeiros e corajosos sobre ela.
Um mar de emoções preenche a minha mente e rasga-me o coração.
As lágrimas avermelham meus olhos e a garganta engasga amarga com as palavras que não saem.
Sinto que há muito que fazer.
O calor é enorme e toma várias formas, às vezes suave e terno e outras sufocante.
Espero o frescor da brisa que um dia virá e aliviará a pele tensa pelas afeições miúdas.
Demo-nos aos elos e sejamos trabalhadores puros.
Que nossas lágrimas se transformem em sal.
Que a chuva lave nossos cabelos e rostos oleosos de essência, que transpira por poros já fadigados.
E que o perfume seja bom, pois o prazer de viver nos habita, de alguma forma e ou maneiras.

Wesley Claudino

Sofrimento


Sofrimento
Não, não quero ter que ficar com uma arma em riste apontar em face de quem me alveja.
Sim, quero abraçar e amar e ter compaixão pelos erros meus e nossos de cada dia, e aprender a ser algo ou alguém em qualquer destino, sem apontar outro ou qual caminho.
Infelizmente a vida nos aponta alguns destinos cruéis, fúteis e essenciais para nossa evolução.
Tenho que ser forte e bastante homem|mulher para seguir o meu desígnio e conseguir alcançar, chegar à conclusão do eu dever e devir ser feito.
E é com grande desarmonia dentro do meu ser que chora e lamenta a perca, que eu não posso me esmorecer.
Já pedi aos deuses e deusas que me auxiliem nestes momentos, mas parece que ninguém me escuta ou talvez também achem que eu sou capaz de realizar só!
Então, diante disso, sigo o meu trajeto que será sofrer com a minha angústia de saber o incerto, que será onde me lanço ao que me convém, ou acho que deve de ser.
Sem ter que mais lamentar para todos que escutam, aplaudem e acham linda a vida.

30|06|2017 - Wesley Claudino - Desabafo de um tormento.

domingo, 25 de junho de 2017

Tributo a Michael


                             Michael Jackson
Assim como os Beatles, ou um Saci-Pererê.
Um mito que se foi como uma pantera acuada.
Assim, como várias pedras de um jogo de dominó enfileiradas prontas a começarem um cânone, ou hõlas em quaisquer palcos ou estádios.
Vai amortecendo nossas quedas, transformando se como um ídolo de uns.
Noutros amores e noutros rancores.
Passa deslizando com tudo de seu para nós, e com sua mão branca acenando, e fascinado fascinando.
Há algum tempo, esquisito não sei...
E quem sou para julgar ou mal pensar e dizer algo, se também estou aqui na terra a passar para provar!
Então, o perdão, o amor, o bem querer, o mostrar, o agradecer a canção que aparece solta no ar a ecoar em nossos ouvidos, mexendo nossos instintos, como se nunca fosse acabar.
E já que sou e toamos aqui!
Aqui, vamos então: cantar, dançar e amar.

28|06|2009- Wesley Claudino (Memórias Existenciais- 2015) 

domingo, 14 de maio de 2017

Conjugar

HOMENAGEM à todas Mães e ao Arly Cravo.

Eu provoco.
Tu provocas.
Ele provoca.
Nós provocamos.
Vós provocais.
Eles provocam.

Eu estou.
Tu estás.
Ele está.
Nós estamos.
Vós estais.
Eles Estão.

Eu sou.
Tu és.
Ele é.
Nós somos.
Vós sóis.
Eles são.

E quem seremos, se formos continuar optando a ficar sós...


Wesley Claudino - 14|05|2017

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Viver

As pessoas...
O chão...
As paredes...
A luz...
Criação.
A cama imaginária, palpável, confortável...
Aconchega e assim nasce o movimento, dentro, fora.
Lentamente rastejam os desejos e as rugas não anulam o processo, somente intensifica-os amores.
Ainda que passem anos, tudo irá se transformar numa singela lealdade, pois o viver é intenso, profundo.
Agora encostado no canto da parede, a cama suporta todo peso da criação.
O lençol que cobre minha nudez equilibra minha queda.
Escorrego-me neste jogo, e nu, sinto a liberdade de expressão.
Seus olhos direcionam-me onde poderei ir.
No canto, os cantos da sereia que agora já mãe, compõe nossas canções, assim nos vãos, é que vamos existir.
Meu corpo se transforma em bicho que rasteja através do instinto de chegar a algum lugar que não sei ainda onde será...
E o que será que será, nasce da gente pra gente ser, transforma tudo numa simples mágica, onde podemos ser o nosso querer, sem sofrência, solidão, com a liberdade para criar, existir.

27|03|2017 - 03h00min - Wesley Claudino.


Gratidão.