sábado, 18 de novembro de 2017

SOBER-vivência

              Sober-vivência
Corpo estirado em cruz.
Coberto por plástico preto.
Se reciclado, não importa.
Mas sim o clamor das mãos a suplicarem por socorro.
Doando-se a uma energia que nomeamos: Deus!
Noutras, armas a vigiar o cadáver.
Agora...
Já sem tédio, medo, ternura, angústias e dores.
Somente com o alivio de um ser livre de lamentos...
Que não mais lhe pertence, pois jaz.
Então, largada no chão, resta à imagem do pedido de perdão.
Pena que vários ainda que vivos...
Degradam-se nas infinitas calçadas da fama.
Por onde talvez, nada e também nem ninguém os velarão.


Wesley Claudino

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