sábado, 30 de setembro de 2017

SOZINHO

Acordo, procuro ao meu redor e não encontro.
Triste não ter com quem falar!
Atento aos papéis pardos, enrugados ou brancos.
Na dor, na sujeira vou desabafar.
Sentindo-me, derrotado, destoado, desbotado.
Mesmo depois daquilo e se também que outro jeito de ser!
Vou vivendo no alívio de ser além do tempo.
E por entre este véu que se transforma no que há entre a chegada e a partida em singela súplica, mas feliz no adeus.
Nestes momentos que tomam parte da minha existência, mal entendo suas brincadeiras.
Algo parece inútil, por isso não se faz presente.
Ainda, este ser que quer tomar forma, persegue-me e instala-se dentro do meu eu.
Nisto, vou ziguezagueando com meus pirlimpimpins. 
E cedo, sendo...
Sedo ao encontro de Morfeu.

O Pescador - 02|08|2009


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